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01-04-2003

Guerra no Iraque - Paz em Jerusalem?


Crónica

Crónica da América Guerra no Iraque - Paz em Jerusalem? Manuel Calado Vivemos dias fosfóricos. Dias de advento, à beira de um salto para o desconhecido. Governantes e governados procuram descortinar o que está para além desta cortina de ominosa incerteza. Estrategas militares e políticos, sociólogos, gente de bem e de mal, gente da esquerda e da direita, silenciosamente ou não, estão envolvidos nesta saga de prever a maior cartada política e militar do nosso Presidente Bush. Mas, além das bruxas de trazer por casa, que fazem alto negócio com a boa fé da nossa gente lusa, os profetas e exegetas bíblicos, dos que fazem carreira na TV, estão envolvidos numa baralhada de sons e vozes contraditórias. Os fundamentalistas da direita radical, estão todos em favor da guerra. Os do centro, dão um passo à direita e outro à esquerda, receosos das consequências políticas. Os do centro-esquerda, são contra um potencial conflito no Golfo Pérsico, cujo objectivo, segundo o nosso Presidente, é o derrube de Saddan Hussein, e a construção de uma democracia à Americana, no coração do mundo àrabe e islâmico. No seu último discurso ao país, o Presidente expôs as linhas gerais do seu plano. E, pela primeira vez que eu saiba, falou na criação de uma Palestina independente e democrática, mas só depois da expulsão de Hussein do seu trono de Bagdade. Por várias vezes tenho dito, que enquanto a chaga da luta entre judeus e palestinianos não for curada, nunca será exterminada a ameaça terrorista. Aparentemente, o sr. Bush não acredita nisso. Porém, muitos americanos, franceses, russos e chineses parecem ser da mesma opinião. E até o «New York Times« de quinta-feira, exprimiu, em editorial, a mesma opinião, ao escrever: «Enquanto muitos europeus e árabes têm sugerido que o Presidente faça mais esforços no sentido de solver primeiro o conflito árabe-israelita, Mr. Bush disse, a noite passada, que a expulsão de Saddan Hussein, era a chave da paz entre Israel e os seus vizinhos árabes . «Por outras palavras -- continua o ´Times´- ele propôs que a paz em Jerusalem, venha através de Bagdade. Mas os europeus e árabes, dizem que seria mais fácil apoiar uma operação militar no Iraque, se a Admnistração Americana, primeiro, demonstrasse que estava interessada em resolver o conflito israelo-palestiniano.« E isto é o que nós pensamos também, e por várias vezes aqui o temos dito. Quanto a nós, a chave da guerra e do terrorismo, está no bárbaro conflito entre judeus e palestinianos. Podemos desapear ou assassinar o Saddan Hussein, mas enquanto não solucionarmos a ocupação da Palestina com a criação de um estado árabe independente, o risco de ataques suicídas será uma ameaça constante à nossa segurança e os interesses americanos à volta no estrangeiro. A America tem centenas de milhares de soldados em bases à volta do mundo, com a missão de conservar a paz e evitar conflitos. Infelizmente, ainda não se lembrou de colocar um destacamento na fronteira entre judeus e palestinianos, e usar o seu poder político, diplomático, militar e económico, para resolver aquele problema. Sim, porque são os nossos biliões de dollars que estão sustentando o poder militar e económico de um dos lados. E a paz, só é possível quando o poder económico e de persuação política for colocado, imparcialmente, ao serviço de ambos os lados. Foi este o método utilizado pelo ex-presidente Carter, quando fez a paz entre Israel e o Egipto. E o influente jornal de Nova York que, por acaso, é propriedade de judeus americanos, disse ainda, no seu editorial, que melhor fora se o Presidente Bush explicasse a sua visão de um novo Médio Oriente, e se comprometesse a trabalhar, agora, pela sua materialização. E, mesmo na melhor das hipóteses -- diz ainda o jornal-- a situação no Iraque, mostra tendências de se tornar caótica em anos futuros. E nem os judeus nem os palestinianos deviam esperar, até que o problema do Iraque seja solucionado. Como se vê, as opinões dividem-se . Há os que desejam a guerra por qualquer preço, e quanto mais cedo melhor. Há os que temem as consequências de um conflito com vertentes raciais, religiosas e petrolíferas , com legiões de jovens suicidas prontos a sacrificar a vida em louvor de Allah, levando o terrorismo ao coração do cristianismo infiel. Um regresso ao tempo das cruzadas e da velha luta contra a moirama ? Oxalá que não. E o que é preciso, é nunca perder a esperança em dias melhores. É provável que, ao fim e ao cabo, a razão dos «homens bons«, se sobreponha a todas as outras, e que a paz reine algum dia nas areias do Golfo Pérsico. (2 Mar 03 / 11:30)

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